Hoje assinala-se o Dia Mundial de Criança. Hoje, no Samouco, celebraríamos este dia com a abertura da exposição do V Concurso de Desenho – “Samouco nas mãos de uma criança” e com jogos tradicionais. Hoje, no Samouco, a animação, a alegria e os sorrisos eram uma certeza, pois as crianças poderiam brincar juntas.
Hoje, uma pandemia mundial, impossibilita as crianças fazerem a sua vida normal. Hoje, como em todos os dias, devemos refletir sobre os milhões de crianças que ainda continuam a sofrer de maus-tratos, doenças, falta de cuidados médicos, fome, discriminações, sem acesso a uma educação condigna e proibidas de participarem ativamente na sociedade. Hoje, como em todos os dias, devemos ter presente os Direitos das Crianças, que infelizmente continuam a não ser universais e cumpridos. Hoje, como em todos os dias, o afeto, o amor, a compreensão e a verdade que as crianças nos transmitem, são valores únicos que devemos acarinhar e agradecer. Hoje, apesar das injustiças e dos constrangimentos que estamos submetidos, devemos estar felizes porque afinal todos somos crianças.
Hoje é dia de dar um enorme VIVA a todas as crianças da vila do Samouco, do concelho de Alcochete, de Portugal e do Mundo. Como o mundo seria diferente, como o mundo seria melhor, se todos os dias fossem Dia Mundial da Criança!
O Direito das Crianças
Toda criança no mundo Deve ser bem protegida Contra os rigores do tempo Contra os rigores da vida.
Criança tem que ter nome Criança tem que ter lar Ter saúde e não ter fome Ter segurança e estudar.
Não é questão de querer Nem questão de concordar Os diretos das crianças Todos têm de respeitar.
Têm direito à atenção Direito de não ter medos Direito a livros e a pão Direito de ter brinquedos.
Mas criança também tem O direito de sorrir Correr na beira do mar, Ter lápis de colorir…. Ver uma estrela cadente, Filme que tenha robô, Ganhar um lindo presente, Ouvir histórias do avô.
Descer do escorregador, Fazer bolha de sabão, Sorvete, se faz calor, Brincar de adivinhação.
Morango com chantilly, Ver mágico de cartola, O canto do bem-te-vi, Bola, bola, bola, bola!
Lamber fundo da panela Ser tratada com afeição Ser alegre e tagarela Poder também dizer não!
Carrinho, jogos, bonecas, Montar um jogo de armar, Amarelinha, petecas, E uma corda de pular.
Ruth Rocha – Escritora brasileira